O LaRA acaba de publicar um novo estudo que avalia o uso da bactéria Pseudomonas aeruginosa na remoção de corantes têxteis — uma alternativa promissora para o tratamento de efluentes industriais. O trabalho comparou a eficiência da bactéria na descoloração dos corantes índigo carmim (aniônico) e safranina-T (catiônico), em diferentes condições operacionais.

Os resultados mostram que o índigo carmim foi removido em mais de 96% em apenas 8 horas com agitação, enquanto a safranina-T apresentou remoção limitada. A agitação melhorou significativamente o desempenho, e a cinética de segunda ordem descreveu bem os processos.

A pesquisa reforça o potencial da biorremediação como alternativa sustentável para o tratamento de águas residuárias.

📄 Confira aqui o artigo completo!

O pesquisador Gabriel Tochetto, doutorando na área de geopolímeros aplicados ao meio ambiente, participou do The young Ceramists Additive Manufacturing Forum (yCAM), realizado entre os dias 23 e 25 de abril de 2025 no INP-ENSIACET, em Toulouse, França. O evento reuniu jovens pesquisadores de diversas nacionalidades, sendo o doutorando o único participante das Américas, promovendo o intercâmbio científico em torno da manufatura aditiva de materiais cerâmicos. Gabriel representou sua linha de pesquisa e compartilha, a seguir, um pouco dessa experiência enriquecedora.

1. Qual foi o evento que você participou e qual trabalho apresentou?
Participei do The young Ceramists Additive Manufacturing Forum (yCAM), um fórum europeu voltado a jovens pesquisadores interessados na impressão 3D de materiais cerâmicos. Nesta edição, realizada em Toulouse, apresentei o pôster “Innovative 3D Printing of Acid-Activated Geopolymers: Rheological Insights”, abordando os avanços e desafios na extrusão de geopolímeros ativados por ácido. A ideia desse trabalho foi concebida ainda no Brasil, sob a orientação da Prof. Maria Eliza Nagel-Hassemer e do Prof. Dachamir Hotza, mas sendo colocada em prática aqui na Itália sob a supervisão do Prof. Paolo Colombo.

2. Este tipo de participação internacional contou com algum apoio institucional ou fomento à pesquisa?
Sim. Essa participação foi possível graças ao apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do fomento à pesquisa (Processo 408717/2023-8) vinculado ao projeto “Desenvolvimento de estruturas geopoliméricas por meio de impressão 3D para aplicações ambientais”. Além disso, também sou bolsista pelos projetos de cooperação internacional “Tratamento de efluente têxtil em eletro-biorreator a membrana com meio suporte de geopolímero” e “Geopolímeros produzidos por impressão 3D aplicados à remediação de drenagem ácida de mina” (Processos 442637/2023-3 e 442255/2023-3). Agradeço profundamente esse suporte, que tem sido essencial para o desenvolvimento e a projeção internacional da pesquisa.

3. De que forma o congresso dialoga com sua pesquisa de doutorado e o que você pôde aprender com ele?
Minha pesquisa é focada na impressão 3D de geopolímeros ácidos para aplicações ambientais, especialmente no tratamento de efluentes de mineração. O congresso, com seu foco na manufatura aditiva de cerâmicas, foi altamente relevante. Tive a oportunidade de conhecer diferentes abordagens tecnológicas, além de acompanhar debates entre pesquisadores da academia, da indústria e de centros de P&D, o que ampliou minha visão sobre os caminhos e desafios da área.

4. Houve alguma palestra ou projeto que tenha te impactado particularmente?
Sim, vários! Um dos pontos altos foi conhecer pesquisas voltadas à construção de estruturas no espaço, como peças e habitats na Lua, com apoio de agências aeroespaciais europeias. Também me chamou atenção o desenvolvimento de biocerâmicas aplicadas em próteses para reconstruções faciais e de membros, já implantadas em pacientes. Outro projeto interessante foi o de estruturas cerâmicas que absorvem e liberam água em regiões áridas — uma aplicação com enorme impacto social.

5. Como foi apresentar seu trabalho em um evento internacional? Qual foi a recepção do público?
Confesso que no início senti um pouco de ansiedade, por ser meu primeiro congresso internacional, mas logo me senti acolhido. Houve bastante interesse pelo meu trabalho, principalmente por explorar os geopolímeros ácidos, ainda pouco abordados na manufatura aditiva. As conversas fluíram bem e renderam sugestões valiosas para aprimorar as propriedades do material e explorar novas possibilidades.

Apresentamos com orgulho a nova identidade visual do nosso Laboratório de Reuso de Águas.

A logo mudou, mas nossos princípios e valores continuam os mesmos. Há mais de 20 anos, atuamos com dedicação na pesquisa, desenvolvimento e aplicação de tecnologias sustentáveis para o reuso de águas, sempre com foco na inovação, responsabilidade ambiental e impacto social.

Ao longo dessa trajetória, muitos produtos tecnológicos foram desenvolvidos, trabalhos científicos relevantes publicados, e contribuímos fortemente para a formação de profissionais comprometidos com a sustentabilidade e o saneamento ambiental.

Cada cor, cada linha da nova logo representa esse legado — e também a nossa visão de futuro. Seguimos firmes no propósito de agregar valor aos esgotos e efluentes, mudando a percepção de problema para uma oportunidade de reciclo da água e geração de soluções sustentáveis.

O que motivou sua ida à Universidade de Girona?
Fui à Universidade de Girona (UdG), na Espanha, para desenvolver atividades de pesquisa vinculadas ao projeto do CNPq, intitulado “Tratamento de efluente têxtil em eletro-biorreator a membrana com meio suporte de geopolímero”. Essa experiência permitiu aprofundar os estudos sobre o tema e trocar conhecimentos com pesquisadores de renome.

Quem supervisionou suas atividades de pesquisa?
Fui supervisionado pelo Prof. Dr. Sebastià Puig Broch, no Laboratório de Engenharia Química e Ambiental (LEQUIA). O LEQUIA é um centro de excelência em pesquisa e inovação no tratamento de águas e efluentes, o que contribuiu muito para o avanço do projeto.

Quais atividades você realizou durante o período?
Desenvolvi planejamento experimental, coletei e analisei dados, elaborei relatórios e materiais científicos. Além disso, ministrei seminários, realizei visitas técnicas e participei de palestras, cursos e workshops, ampliando minha visão sobre diferentes abordagens no tratamento de efluentes.

Como essa experiência impacta seu trabalho no Brasil?
A experiência me proporcionou novos insights e conhecimentos que aplicarei no ensino, pesquisa e extensão, especialmente agora que integro o corpo docente da Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. Além disso, fortaleceu as conexões entre o LaRA e instituições internacionais, criando oportunidades para projetos futuros e o desenvolvimento de soluções mais sustentáveis na Engenharia Sanitária e Ambiental.

Qual a importância da cooperação internacional para sua pesquisa?
A internacionalização da pesquisa científica é essencial para troca de tecnologias, inovação e fortalecimento de parcerias estratégicas. Essa colaboração com a UdG reforça o compromisso do LaRA com soluções inovadoras e amplia as oportunidades de cooperação científica entre diferentes países.

Pesquisadores desenvolveram cápsulas de polisulfona impregnadas com líquido iônico fosfônio para remover o corante reativo preto de soluções aquosas. 🖤💧

🔬 Resultados impressionantes:
✅ Eficiência máxima de remoção a pH 8
✅ Capacidade de adsorção de até 276,94 mg/g
✅ Reutilizáveis por até 4 ciclos ♻️
✅ Redução da toxicidade em Lactuca sativa 🌱

Esse novo material tem um grande potencial para o tratamento de efluentes industriais, ajudando a tornar a indústria têxtil mais sustentável! 🌿👕

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Pesquisadores avaliaram as potencialidades e desafios para o reuso de água no sul de Santa Catarina, destacando que, apesar de barreiras legislativas e financeiras, há um cenário promissor para sua implementação. A Bacia do Rio Araranguá se mostrou a mais favorável para a produção de água de reuso, especialmente diante da necessidade de universalização do saneamento até 2033.

🔎 Destaques da pesquisa:
✅ O baixo índice de tratamento de esgoto (37%) indica grande potencial de ampliação do reuso de água na região.
✅ O fortalecimento da regulamentação e o envolvimento de governos e universidades são essenciais para viabilizar a prática.
✅ Métodos usados internacionalmente se mostraram eficazes para aplicação em países com desafios de saneamento, como o Brasil.
✅ Estudos futuros devem focar na logística de distribuição e viabilidade econômica do reuso de água.

📄 Confira o artigo completo: https://lara.ufsc.br/artigos/

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O LaRA reforça neste dia 22 de Março, Dia Mundial da Água, o compromisso com o desenvolvimento de tecnologias para obtenção de água de abastecimento seguras para a população e águas residuárias livres de contaminação, permitindo o seu reuso 🤝💧🔄

Durante a missão de cooperação internacional no Laboratory of Chemical and Environmental Engineering (Lequia) da Universitat de Girona (UdG), o Professor André Battistelli pode encontrar e acompanhar a Doutoranda Amanda Dalalibera que está realizando parte de sua tese no Lequia.

Durante a estadia na Espanha o Prof. André apresentou os resultados das pesquisas com EBRMs do LaRA no ICRA (Instituto Catalão de Pesquisa da Água). Foi uma troca muito enriquecedora! O ICRA possui uma linha de pesquisa dedicada a membranas, o que gerou um debate interessante, com diversos pesquisadores do instituto fazendo perguntas e compartilhando experiências.

Em outra oportunidade, ele apresentou os avanços obtidos até o momento nos ensaios com processos eletroquímicos para degradação de corantes. Esse seminário foi voltado para os professores e alunos de mestrado e doutorado do Lequia, permitindo que todos se atualizassem sobre a pesquisa e contribuíssem com novas ideias.

Recebemos o Prof. André com muita animação para que ele possa compartilhar a sua experiência com os pesquisadores do LaRA!

Na última semana tivemos a apresentação e aprovação da qualificação da tese Poluentes Emergentes em Efluentes: Estratégias de Quantificação de Microplásticos e Tecnologias para Remoção de Microplásticos e Antibióticos

A pesquisadora é orientada pelo Dr. Flávio Lapolli (UFSC) e Dra. Maria Eliza Nagel Hassemer (UFSC) no Brasil, mas desenvolveu parte da pesquisa na Holanda sob a supervisão do Dr. Luewton Agostinho (NHL)

Parabéns Ketley, estamos muito orgulhosos!

Atenção 🚨

O LaRA está com vaga aberta para ingresso via Processo Seletivo do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental (PPGEA) em 2025.1

O Prof. André Battistelli oferece vaga de mestrado sob a temática de Tratamento avançado e reúso de efluentes, que integra a linha de pesquisa em Tratamento de Efluentes e Recuperação de Recursos

O Prof. Flávio Lapolli oferece vaga de mestrado sob a temática de Tecnologia de Membranas e/ou Reúso de Água, que integra a linha de pesquisa em Governança, Gestão e Impactos Ambientais

A Prof. Maria Eliza Nagel Hassemer oferece vaga de mestrado sob a temática de Adsorção de poluentes por zeólitas a base de resíduos: síntese e aplicação, que integra a linha de pesquisa em Tratamento de Efluentes e Recuperação de Recursos